Ontem, eu em Garamiranga – com uma semana de atraso, já que o festival de teatro terminou sábado passado – exercitando meu lado “bucólico”: Olha a florzinha! Que paisagem mais linda! Que bezerrinho fofinho! Etc e tal. O clima agradável nos encorajou a uma caminhada de mais ou menos uns dois quilômentros (da qual só fui me arrepender ao acordar, hoje cedo, toda arrebentada…), subindo e descendo ladeiras. Na volta, paramos em uma capelinha muito singela, para fazer uns pedidos para a santa – quem é mais chegado sabe exatamente o que eu pedi…

A casa onde ficamos era um aconchego só: cortinas floridas em todas as portas e janelas, almofadas de crochê espalhadas pelos sofás, plantinhas em tudo que era canto. Até fiz um amigo – um periquito muito simpático que se amarrou no meu chapéu de crochê, a ponto de não querer sair mais de cima dele. E era um tal de eu andar pra cima e pra baixo com um periquito batendo asas na minha cabeça.

Domingão na praia. Logo eu, que detesto praia. Mas abri uma exceção para Deborah, amiga de longa data, recém chegada de Mossoró. Até já combinamos o Reiveillon: vai ser em Jeri. Adiantando: estamos pensando seriamente em organizar um encontro dos alunos do 3º ano de 1997 do Coopefor. Se houver quórum, vamos montar um pacote com alguma agência de turismo. Mas essa é só a idéia original, é provável que a gente abra pra outros amigos. Portanto, interessados, entrem em contato comigo. Mas tem que ser logo, pois fecharemos o pacote ainda em Outubro – tanto pra conseguir preços mais amigáveis quanto pra ter a certeza de quem vai mesmo ou não.

Enfim, não represento mais perigo aos suscetíveis à depressão – estou melhor, agora. Sobrevivi – e a prova é que estou aqui, jogando letrinhas nas telas de vocês.

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Welcome home, Grapete! Tava sentindo falta dos teus posts. O Ítalo é que ainda não deu as caras lá pelo Perainda… Por onde será que anda o batera da Alcalina? Terá sido abduzido por alguma nave alienígena? Quem tiver notícias, não esqueça de me contar. E o nosso guerreiro de plantão, Axbatler, levantou uma questão bem interessante em seu último post: blogueiros que detalham DEMAIS suas vidas em seus blogs, o que, além de se tornar chato pros leitores, pode até ser perigoso, segundo ele – a gente nunca sabe quem está nos lendo. O que vocês acham? Eu acho bacana citar os nomes de outras pessoas nos posts, blogueiras ou não – dessa forma você acaba sabendo sobre outras pessoas que você também conhece, por tabela. Foi assim que eu “conheci” (ou re-conheci) o Gabriel Ramalho. Ele leu meu post sobre a farra que foi a última feira do Jiriquiti e reconheceu as pessoas citadas, mesmo achando que não me conhecia. Aí me mandou um mail e descobrimos que a gente já se conhecia, só não sabia que tínhamos amigos em comum. Isso foi muito legal.

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Fim de semana, enfim. Pensei que não ia chegar nunca mais. Talvez eu vá pra Guaramiranga com meus pais, curtir o friozinho da serra. Talvez eu fique em casa, veja uns filmes, faça um repeteco da exposição do Julio Le Parc no Dragão do Mar. (Quem ainda não conferiu, corra lá, pois a exposição está em suas últimas semanas. Imperdível! Você nunca mais verá o contraste entre luzes e sombras da mesma forma depois dessa exposição. Só lembrando: aos domingos a entrada é gratuita).

Ótimo fim de semana pra vocês!

Atenção, atenção!

Apesar de ninguém ter me procurado para informações sobre a Oficina de Fanzine na FIC, vale registrar aqui que ela foi adiada para os dias 22 a 26/10.

Preparem seus papéis, tesouras, canetas e vão anotando as boas idéias.

Mais uma mente abduzida pelo fantástico mundo dos blogs: a nova vítima responde pela alcunha de Chicão e é estudante de jornalismo da Unifor. Acabou de ser iniciado na arte blogueira por mim, há meia hora atrás, e saiu daqui empolgadíssimo com seu cinema13. Vamos dar uma passada por lá pra ouvir o que o rapaz tem a dizer sobre a sétima arte.

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E olhem só que bacana esse trechinho da coluna do Luciano Mattuela, editor do e-zine Splash!, na última edição do mesmo:

“E se de repente, não mais que de repente, tudo fosse apenas um joguete

de um ser superior? Quem disse que quando tu desenhas um gato, por

exemplo, ele não mia enquanto tu não tá vendo? Talvez o tal ser – que

alguns insistem em chamar de Deus – tenha nos desenhado e esteja

tirando uma boa soneca agora, não vendo nada. Quando ele acordar, a

gente não vai mais existir. Ponto. Alguma prova de que as coisas não

são assim?”

Alguém aí arrisca um palpite? Bom, quem quiser assinar o Splash! ou conhecer o trabalho do Luciano mais de perto, é só mandar um e-mail para assinar_splash-subscribe@yahoogroups.com , e receber um exemplar quentinho toda segunda-feira, direto na sua caixa de e-mails.

Blog de cara nova. Decidi colocar uma corzinha pra ver se me alegro um pouquinho também. Adorei esse novo template, é bem mais a minha cara, né não?

Continuo chata, chata. Por isso não vou escrever muito agora. E também porque vou fazer uma prova de Administração em Publicidade e Propaganda daqui a exatos 5 minutos (Argh!). Pra variar, não consegui ler sequer uma linha da matéria da prova… Essa é a pior parte, não conseguir me concentrar direito em nada do que estou fazendo (ou tendo que fazer) ultimamente. Mas passa. Como diria a minha ex-sócia Lelly`s, “tudo na vida passa, até uva passa”!

Ah, quero só agradecer aos meus amiguinhos, que estão sendo uns doces comigo. Vou acabar ficando mal acostumada com tanto mimo…

Anaïs (de quem já lhes falei antes aqui no blog) me fez companhia essa tarde – mas não por muito tempo. Só consigo lê-la em “doses homeopáticas”: muitas páginas de uma só vez me deixam tonta, agoniada, às vezes. Deve ser por que me identifico terrivelmente com com ela – não com as coisas que ela fez ou deixou de fazer em sua louca vida, mas com os sentimentos que a atravessaram. Ainda não consigo entender como alguém é capaz de exprimir sentimentos através de palavras com tanta perfeição e de forma tão completa. Anïs é, antes de tudo, sincera – de uma sinceridade que chega a assustar. O livro é Henry, June e eu, publicação dos escritos de outubro de 1931 a outubro de 1932, de seu diário íntimo. Tão profundo, tão envolvente. E por falar no Henry Miller, terminei há alguns dias o Trópico de Câncer. Muito bom também, mas sou mais sensível ao estilo de Anaïs Nin. Henry Miller é vigoroso demais para mim. Mas isso não diminui nem um pouco seus méritos, que fique bem claro.

Leiam, então, e tirem suas próprias conclusões.

Era quase meia-noite quando aconteceu. O telefonema incoveniente. Esperado e até desejado, mas incoveniente. Começou a chover, inexplicavelmente – não pude saber se eu tremia por causa do vento frio ou era nervoso mesmo. Perdi a cabeça: gritei, esperneei, bati os pés. Depois chorei. Mas depois era depois, já não importava mais.

O Milky não estava mais lá. Ele tem sido tão bom pra mim esses últimos dias. Convivemos há tantos anos sob o mesmo teto e só agora aprendi a dividir com ele as minhas noites insones, diante da TV. Ele se lambe inteiro e depois se estica no meu colo, mais interessado nos meus cafunés mornos do que nos raios frios emitidos pela TV.

Meu corpo era todo nervos quando me estirei na cama para tentar dormir um pouco. Tudo à flor da pele. Tudo absolutamente fora do lugar. Imagens desconexas, contrações involuntárias.

Perguntas – muitas perguntas – todas se chocando desgovernadamente dentro da minha cabeça. Todos os “por quês” sem resposta. Sem uma única resposta sequer. Sem resposta até quando, meu Deus, até quando?

(Desculpem aí o desabafo. Aqui não é lugar pra isso, eu sei, e não pretendo alugá-los com esse tipo de coisas que só dizem respeito a mim. Mas não consigo pensar em mais nada, desde então. Peço-lhes, pois, um pouco de paciência.)

Eu já tinha advertido antes que esse lance de blog vicia. E vicia mesmo. Tô há quase duas horas diante desse micro só fuçando os blogs alheios. E além do blog do Diego, de que eu falei no post passado, tem outro blog bem bacana, o do Gabriel Ramalho, que eu descobri que é meu colega de curso na Unifor. O blog dele, assim como omeu, tem um link permanente no blog da Thaís. E por falar em blogs, Ítalo por onde você anda que não atualizou mais o teu blog? Sinto falta dos teus posts, aparece por lá, menino! Tem também o blog do Homer, que não é de Fortaleza, mas merece um link aqui. Visitem todos, vale a pena.

Ainda sobre blogs: blogueiros de Fortaleza, endossando a sugestão do Gabriel, que tal organizarmos o primeiro Blog Hour de Fortaleza? Ia ser bem legal!

E como esse post tá meio “marketeiro”, vou concluir com outra “propaganda”: semana que vem tem Oficina de Fanzine, ministrada por mim. Quem ainda não sabe o que é um zine, aproveite, a hora é essa. Quem sabe, já fez, teve que parar e tá com saudade, venha colocar a mão na massa com a gente, vai ser divertido. Vamos conversar também sobre e-zines e blogs.

O quê: Oficina de Fanzine

Onde: Na FIC – Rua Vicente Linhares, Nº 308 (Em frente ao Canal 5)

Quando: De 01 a 05/10, das 3 às 5 da tarde

Quanto: Apenas R$ 3,00

Apareçam! E divulguem.

Minhas boas vindas ao mais novo blogueiro de Fortaleza,Diego Axbatler. Passem por lá pra dar uma conferida.

Meu coração ainda sofre. E vai sofrer ainda por muito muito tempo, acho. Decidi me ausentar do convívio social tanto quanto me for possível por uns tempos. Bastante tempo, espero. Não haverá, pois, muito o que contar aqui. Há a teoria, esta de quem sou tão íntima – o que anda entrando pelos buracos da minha cabeça, as músicas, os livros, os filmes, os cheiros. Prática não mais, pode ser perigoso – tô de quarentena, sentimentos ruins às vezes são contagiosos. Quero só ficar sozinha, ruminando os fatos, as lembranças, as hipóteses. Gosto amargo de fel no céu da boca.

We all say

don`t want to be alone

we`re wear the same clothes

because we feel the same

and kiss with dry lips

when we say good night

end of a century…it`s nothing special

Blur – End of a century

“Faça qualquer coisa, mas que produza alegria. Faça qualquer coisa, mas que cause êxtase.”

Henry Miller

Para os corações que sofrem:

Entupam seus ouvidos de música 100% do tempo – boa música. Transformem seu walkman em seu melhor amigo. Isso ajuda a não pensar. E não pensar ajuda a não sofrer.