A primeira visita a gente nunca esquece

Pra quem mora longe de sua terra natal, receber a visita de conterraneos em casa eh sempre uma alegria. Nos nao fugimos a regra e ficamos super felizes em ter recebido mes passado nossa primeira visita, que chegou bem a tempo de comemorar conosco nosso primeiro ano aqui no Canada, dia 16 de Setembro. Tivemos o prazer de conviver durante 10 dias com o Celio, um grande amigo meu de longa data, desde os tempos de faculdade. O Celio tinha umas milhas sobrando e escolheu passar suas ferias aqui no Canada com a gente. Ele vai ser papai do Joao Pedro em Dezembro, por isso sua esposa Paula nao pode acompanha-lo na visita.

Eu nem preciso falar que adorei ter tido a oportunidade de mostrar pra uma pessoa querida um pouco da nossa vida por aqui, nossa rotina, nossos trabalhos, nossos lugares preferidos. E de quebra ainda tivemos a chance de conhecer varios lugares que ainda nao tinhamos visitado durante esse primeiro ano. Fizemos o passeio no onibus anfibio (que entra no rio), entramos no Parlamento e visitamos varios museus que eu ainda nao conhecia.

Vou lembrar e sentir saudades do Celinho toda vez que for no The Works (onde comemoramos nosso aniversario de Canada numa noite chuvosa e fria) e no Banc Sushi (Celio gostou tanto que repetiu a visita, e foi la seu almoco de despedida, no dia da partida). Ah, e nao posso esquecer da Dollarama, a loja preferida do Celio e a que mais recheou as malas dele na volta. ;c) Das muitas memorias que ficarao guardadas, meus momentos favoritos foram:

–          A empolgacao do Celio quando comprou sua camera nova, com funcao panoramica. Era panoramica que nao acabava mais, nesse dia nao conseguiamos caminhar 5 passos sem sair numa foto.

–          A felicidade incontrolavel do Celio quando entramos na unica loja Aeropostale aqui de Ottawa. Ele levou pra casa metade da loja!

E alguns dos momentos mais engracados:

–          Estavamos passando de onibus em frente ao Rockliffe Retirement Residence, uma residencia de luxo para velhinhos aposentados (e endinheirados). Quando explicamos ao Celio que o predio era uma especie de asilo pra velhinhos e que ficava situado em sua propria ilha particular, ele foi logo concluindo “eh pros velhinhos nao fugirem, ne?”.

–          Estavamos chegando em casa uma noite e eu disse ao Celio que uma das coisas que eu mais gostava em morar vizinho ao hospital era que durante o inverno, mesmo depois da maior nevasca, a calcada do hospital estava sempre limpinha e sem neve. Ele olhou pra mim com olhos arregalados e perguntou “E aqui neva, Claudinha?” =cD Acho que o Celinho confundiu Canada com Quixada!

–          Provando que o Celio nao foi o unico protagonista dos momentos engracados, eu, de salto e saia, me estabaquei no chao de um restaurante all you can eat lotado, numa sexta a noite. Como boa cearense que sou, fiquei so esperando ouvir o “IIEEIII”, mas tudo que ouvi foram vozes preocupadas perguntando se eu estava bem e muitas maos estendidas na minha direcao. Fiquei aliviada em estar no Canada ao inves do Ceara, mas mesmo assim, mico eh mico em qualquer lugar do mundo!

So nao vou sentir falta do passeio no Cassino, quando eu tive que exercer todo meu auto-controle pra nao arrastar o Celio de la pelas orelhas, se nao ele gastava todo o dinheiro que havia trazido. Tambem nao vou ter saudades da noite em que nos perdemos em Gatineau, numa noite chuvosa de quinta feira apos ter saido do Museu da Civilizacao com o Celio morto de gripado. Pegamos o onibus errado depois de termos recebido informacoes desencontradas de duas pessoas (em frances, claro, quem mandou eu tentar falar frances?) e fomos parar no miolo de Gatineau, onde eu nunca tinha ido. Apelei pro ingles e o motorista respondeu de mau gosto, mas pelo menos disse o onibus certo pra gente voltar pra casa, onde chegamos 2 horas depois, quando o trajeto normal levaria apenas 40 minutos.

Uma pena que nao deu pra visitarmos Montreal nem Toronto, como estava nos planos iniciais. Nao contavamos que o Carlos ia conseguir um trabalho temporario de 2 dias e nem que Mei e o Celio iam ficar doentes. Imprevistos acontecem, ficou pra proxima. Achei ate bom, porque assim o Celio vai ter motivos pra voltar.

Celinho, como eu disse no final da sua estadia: as portas estarao sempre abertas pra voce, nao importa aonde estivermos morando. Esperamos que voce tenha gostado das suas ferias tanto quanto nos gostamos de recebe-lo. Volte sempre, e da proxima vez traga a Paula e o Joao Pedro pra gente conhecer.

1 Comentário

  1. […] Claudia escreveu tambem um post no blog dela sobre a visita, bem mais escrito e […]


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